Entenda as diferenças entre HIV e AIDS

Entenda mais sobre alguns aspectos clínicos da AIDS e HIV

A AIDS e o HIV são frequentemente confundidos, mas eles são diferentes em muitos aspectos. O HIV é o vírus da imunodeficiência humana, enquanto a AIDS é a síndrome da imunodeficiência adquirida, e pode ser causada pelo HIV. A infecção pelo HIV pode levar a uma depleção progressiva do sistema imunológico, o que pode levar a complicações graves e, eventualmente, a morte. Neste artigo, discutiremos os aspectos clínicos da AIDS e do HIV.

O HIV é um vírus que ataca o sistema imunológico do corpo, especificamente as células T CD4+, que ajudam o corpo a combater infecções e doenças. A infecção pelo HIV pode ser assintomática durante muitos anos. Durante esse período, o vírus continua a se replicar dentro das células do sistema imunológico. Conforme a infecção progride, a contagem de células T CD4+ começa a diminuir e o sistema imunológico se torna cada vez mais comprometido.

Os sintomas da AIDS geralmente aparecem quando a contagem de células T CD4+ cai abaixo de 200 células por mm³. Nessa fase, a pessoa infectada pode começar a apresentar sintomas de infecções oportunistas, como pneumocistose, candidíase oral, herpes zoster e tuberculose. Essas infecções são causadas por organismos que normalmente não causam doenças em pessoas com um sistema imunológico saudável. Além disso, a AIDS também pode levar ao desenvolvimento de cânceres, como linfoma não-Hodgkin e sarcoma de Kaposi.

Os sintomas da AIDS também podem incluir perda de peso inexplicável, febre, sudorese noturna, fadiga, diarreia e dores de cabeça. Esses sintomas podem ser causados por uma variedade de condições associadas à AIDS, como infecções oportunistas, doenças inflamatórias, neuropatia e distúrbios psiquiátricos.

O diagnóstico da AIDS envolve a detecção de anticorpos contra o HIV ou a carga viral do HIV no sangue. O tratamento faz uso de terapia antirretroviral (TARV), que é uma combinação de medicamentos que impedem a replicação do vírus dentro das células do sistema imunológico. A TARV pode reduzir significativamente a carga viral do HIV e melhorar a contagem de células T CD4+. Com o tratamento adequado, muitas pessoas infectadas pelo HIV podem viver por muitos anos sem desenvolver AIDS.

Além da TARV, o tratamento da AIDS também pode envolver o uso de medicamentos para tratar infecções oportunistas e cânceres relacionados à AIDS. A terapia de suporte também pode ser necessária para tratar sintomas como febre, dor e fadiga.

Existem várias maneiras pelas quais o HIV pode ser transmitido, incluindo relações sexuais sem proteção, compartilhamento de agulhas contaminadas, transmissão de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação e transfusões de sangue contaminado.

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A prevenção é fundamental. As medidas incluem o uso de preservativos durante a relação sexual, a prática de sexo seguro, a redução do número de parceiros sexuais, a realização de testes regulares de HIV e o uso de seringas e agulhas limpas. Além disso, a profilaxia pré-exposição (PrEP) e a profilaxia pós-exposição (PEP) são medidas preventivas eficazes para pessoas que estão em maior risco de infecção pelo HIV.

A PrEP envolve o uso diário de medicamentos antirretrovirais por pessoas que não estão infectadas pelo HIV, mas estão em maior risco de infecção. A PEP, por outro lado, envolve o uso de medicamentos antirretrovirais imediatamente após a exposição ao HIV para prevenir a infecção.

A AIDS e o HIV ainda representam um grande desafio para a saúde pública em todo o mundo. De acordo com a UNAIDS, cerca de 38 milhões de pessoas em todo o mundo estavam vivendo com HIV/AIDS em 2019. A África Subsaariana continua a ser a região mais afetada, respondendo por cerca de 67% das novas infecções pelo HIV em todo o mundo.

No entanto, houve avanços significativos no tratamento e prevenção do HIV/AIDS nas últimas décadas. O uso da TARV tem reduzido significativamente a mortalidade e morbidade associadas à AIDS, enquanto as medidas preventivas têm ajudado a reduzir a taxa de novas infecções pelo HIV. Nem todas as pessoas com HIV desenvolvem AIDS. Com os tratamentos antirretrovirais modernos, muitas pessoas com HIV vivem vidas saudáveis por muitos anos e nunca desenvolvem AIDS. No entanto, se o HIV não for tratado, eventualmente pode progredir para AIDS.

Embora o HIV ainda não tenha uma cura, existem tratamentos antirretrovirais disponíveis que podem ajudar as pessoas com HIV a manter sua saúde e reduzir o risco de desenvolver AIDS. Esses tratamentos envolvem o uso de uma combinação de medicamentos que ajudam a suprimir o vírus e manter o sistema imunológico forte. É importante que as pessoas que vivem com HIV procurem tratamento imediatamente para melhorar sua qualidade de vida e reduzir o risco de desenvolver AIDS.

É importante que as pessoas estejam cientes dos riscos de infecção pelo HIV/AIDS e tomem medidas preventivas para reduzir sua exposição. Além disso, é essencial que as pessoas diagnosticadas com HIV recebam tratamento adequado e sigam as recomendações do seu médico para gerenciar sua condição.